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O Irã, declarou nesta terça-feira (24) o fim do conflito com Israel, após 12 dias de combates. Ambos países sinalizaram o fim do conflito.
Segundo a imprensa estatal iraniana, o presidente Masoud Pezeshkian classificou o desfecho como uma “grande vitória” para a nação e afirmou que a guerra foi “imposta ao Irã pelo aventurismo de Israel”.
A declaração ocorre horas após o início oficial de um cessar-fogo, anunciado pelos Estados Unidos na noite anterior e mediado com apoio do Catar.
O aiatolá Ali Khamenei, líder supremo do Irã, havia dito na véspera que “a nação iraniana não é uma nação que se rende”, sinalizando que o país manteria firmeza mesmo após os ataques americanos e israelenses.
Em tom de advertência, o Comando Militar Conjunto do Irã afirmou que Israel e os Estados Unidos devem “aprender com os golpes esmagadores” sofridos durante os ataques iranianos — tanto no território israelense quanto na base americana de Al-Udeid, no Catar. A declaração foi divulgada pela mídia estatal.
O Irã afirmou que deve reabrir seu espaço aéreo ainda esta noite após 12 dias fechado. Contudo, o site “FlightRadar 24”, que monitora voos em todo o mundo, informou que ainda nesta terça-feira alguns voos internacional estavam partindo e chegando por Teerã por meio de uma permissão especial.
Do lado israelense, o chefe do Estado-Maior das Forças Armadas, Eyal Zamir, confirmou o fim dos ataques ao território iraniano, mas alertou que “a campanha contra o Irã ainda não acabou”.
Zamir afirmou que Israel encerrou um “capítulo significativo” no confronto com o Irã e que as forças israelenses voltarão a concentrar esforços na Faixa de Gaza, local onde está em guerra com o grupo Hamas desde outubro de 2023.
“Nosso foco agora é resgatar os reféns em Gaza e desmantelar o regime do Hamas”, disse.
Israel retomou bombardeios à Faixa de Gaza em março, após uma trégua de pouco mais de dois meses. Apesar de ter liberado ajuda humanitária, há relatos de filas longas e tiroteios nos pontos de distribuição de alimentos.
O anúncio do cessar-fogo foi feito por Donald Trump após uma ligação com o premiê israelense, Benjamin Netanyahu. Segundo a Reuters, o Irã também aceitou a trégua após contato mediado pelo primeiro-ministro do Catar, com envolvimento direto de altos funcionários da Casa Branca.
De acordo com uma fonte oficial americana, o Irã sinalizou que cumpriria o acordo caso não houvesse novos ataques de Israel. A mesma fonte confirmou que participaram das negociações o vice-presidente J.D. Vance, o secretário de Estado Marco Rubio e o enviado especial Steve Witkoff.
O acordo foi costurado horas depois de o Irã lançar mísseis contra a base americana de Al Udeid, no Catar, como resposta ao bombardeio das instalações nucleares iranianas pelos EUA.
INFOGRÁFICO – Arte explica ataque dos EUA ao Irã e resposta de Teerã. — Foto: Arte/g1